Национальный цифровой ресурс Руконт - межотраслевая электронная библиотека (ЭБС) на базе технологии Контекстум (всего произведений: 634794)
Контекстум
Руконтекст антиплагиат система

Estilistica (220,00 руб.)

0   0
АвторыФилиппова Татьяна Николаевна
ИздательствоИздательский дом ВГУ
Страниц73
ID643246
АннотацияУчебное пособие подготовлено на кафедре романской филологии факультета РГФ Воронежского государственного университета.
Кому рекомендованоРекомендуется для студентов 3-го курса дневного отделения.
Estilistica / Т.Н. Филиппова .— Воронеж : Издательский дом ВГУ, 2016 .— 73 с. — 73 с. — URL: https://rucont.ru/efd/643246 (дата обращения: 26.04.2024)

Предпросмотр (выдержки из произведения)

Estilistica.pdf
Стр.1
Стр.3
Стр.6
Стр.7
Стр.8
Стр.9
Стр.10
Estilistica.pdf
МИНИСТЕРСТВО ОБРАЗОВАНИЯ И НАУКИ РФ ФЕДЕРАЛЬНОЕ ГОСУДАРСТВЕННОЕ БЮДЖЕТНОЕ ОБРАЗОВАТЕЛЬНОЕ УЧРЕЖДЕНИЕ ВЫСШЕГО ОБРАЗОВАНИЯ «ВОРОНЕЖСКИЙ ГОСУДАРСТВЕННЫЙ УНИВЕРСИТЕТ» ESTILÍSTICA Учебное пособие для вузов Составитель Т.Н. Филиппова Воронеж Издательский дом ВГУ 2016 1
Стр.1
ESTILÍSTICA HISTÓRIA O vocábulo Estilística do alemão stilistik, pelo francês stylistique й o ramo da linguística que só na primeira década do séc. XX, surgiu como ciência, porque até o século anterior, ela estava contida dentro da Retórica. Isso se deveu aos trabalhos dos estudiosos Karl Vossler (alemão que escreveu "Positivismo e Idealismo na Linguagem" e "A linguagem como criação e evolução") e Charles Bally (suíço, cuja obra foi "Tratado de Estilística Francesa"). E ao passar a designar nova disciplina ela fica ligada а linguística, na medida em que estuda a expressividade das formas linguísticas, para fins persuasivos e artísticos, com capacidade de emocionar e sugestionar. Estilística toma, então, novos rumos, iniciando - se por uma reformulação crítica do processo literário, ainda muito ligada a conceitos antigos, como a historiografia de tradição positivista, а noção de épocas, gêneros, espécies, aspectos exteriores а obra de maneira mecânica e burocrata. Com o Romantismo, a partir do século XVIII, houve grandes mudanças nos estudos da linguagem. Surgem novos gêneros, novas tendências, novas ideias, além da criatividade do artista. Há contestação da autoridade da velha Retórica, para dar espaço para o surgimento de uma nova Retórica, alterando por completo o conceito de linguagem e estilo, com as ideias baseadas no conteúdo psicossocial da linguagem e na consideração dos atos volitivos (da vontade) que encerram os estilos individuais. A Estilística, então, evolui significativamente. Seu objetivo não й mais dar conselhos para quem escreve. Entretanto, não fica totalmente desligada dos estudos sobre a expressão linguística, que se ocupara da linguagem para fins persuasivos e artísticos. Surge um novo estudo de Estilística, fundado numa dicotomia: de um lado aparece a Estilística da Expressão ou Estilística Descritiva, a qual relaciona a forma e o pensamento geral; do outro lado, a Estilística Individual, também 3
Стр.3
palavra estilística faz sentido e pode referie úteis referindo-se a uma série de contextos literários, tais como o "grande estilo" de John Milton, "o estilo da prosa" de Henry James, o "épico" e "estilo da canção popular" da literatura clássica grega, etc. (Fowler. 1996, 185). Além disso, a estilística й um termo distintivo que pode ser usado para determinar conexões entre forma e efeitos dentro de uma variedade particular da língua. Consequentemente, a estilística visa ao que "acontece" dentro da língua; o que as associações linguísticas revelam do estilo da língua. Há de se enfatizar que, poucos estudiosos se dispuseram a elaborar uma metodologia de análise estilística que atendesse exclusivamente a língua portuguesa. Todos os estudos existentes, até hoje, têm como fundamentação teórica várias teorias estilísticas feitas em outros idiomas, que nem sempre podem ser aplicadas ao português, e as adaptações de metodologias ficam empobrecidas face a riqueza de ideias e colocações exprimidas pelos nossos escritores. VARIEDADE DE CONCEITOS DE ESTILO A palavra estilo, que hoje se aplica a tudo que possa apresentar características particulares, das coisas mais banais e concretas às mais altas criações artísticas, tem uma origem modesta. George Mounin reúne as definições de estilo em três grupos: 1) as que consideram estilo como desvio da norma; 2) as que julgam como elaboração; 3) as que o entendem como conotação. Nils Erik Enkvist as distribui em seis grupos: 1) estilo como adição; 2) estilo como escolha; 3) estilo como conjunto de características individuais; 4) estilo como desvio da norma; 5) estilo como características coletivas; 6) estilo como resultado de relações entre entidades linguísticas. Acrescente-se que, dos teóricos da Estilística, alguns só consideram o estilo na língua literária, outros o consideram nos diversos usos da língua; alguns relacionam o estilo ao autor, outros а obra, outros ao leitor, que reage ao texto 6
Стр.6
literário; alguns se concentraram na forma da obra ou do enunciado, outros na totalidade forma-pensamento. ESTILÍSTICA DA LINGUA Ampliando o campo de estudo do seu mestre Ferdinand de Saussure, Charles Bally volta-se para os aspectos afetivos da língua falada, da língua a serviço da vida humana, língua viva, espontânea, mas gramaticalizada, lexicalizada, e possuidora de um sistema expressivo. Bally distingue duas faces da linguagem: a intelectiva ou lógica e a afetiva; estuda os efeitos da afetividade no uso da língua; examina os meios pelos quais o sistema impessoal da língua й convertido na matéria viva da fala humana. Os efeitos expressivos, pelos quais o ser humano manifesta seus sentimentos e atua sobre o seu semelhante, são classificados em naturais e evocativos. ESTILÍSTICA COMO SOCIOLINGUÍSTICA Entre os linguistas ingleses voltados para a Estilística, й oportuno mencionar que David Crystale Derek Davy, que, embora não se prendam а corrente iniciada por Bally, apresentam alguns pontos comuns. Segundo estes autores, a Linguística й a disciplina acadêmica que estuda cientificamente a linguagem, e a Estilística й uma parte dessa disciplina que estuda certos aspectos da variação linguística. Os autores reconhecem que o primeiro passo na análise estilística й a apreensão dos traços estilísticos; e que й forçosamente intuitivo, mas o estilólogo deve falar objetivamente sobre eles. ESTILÍSTICA LITERÁRIA Й outra grande corrente da Estilística, iniciada por Leo Spitzer, também chamada idealista, psicológica e genética. 7
Стр.7
A Estilística de Spitzer faz parte da reflexão, de cunho psicologista, sobre os desvios da linguagem em relação ao uso comum. O objeto da Estilística й bem amplo, global, abrangendo “o imaginativo, o afetivo e o conceitual”. Segundo Dâmaso Alonso Toda obra literária encerra um mistério e sua compreensão depende basicamente da intuição, podendo-se, entretanto, estudar cientificamente os elementos significativos presentes na linguagem. Há ainda três modos de compreender a obra literária, marcados por um crescente grau de precisão. O primeiro й o do leitor comum, uma intuição totalizadora, que se forma no processo da leitura e que reproduz a intuição totalizadora que deu origem а obra. O segundo й o do crítico, cujas qualidades de leitor são excepcionalmente desenvolvidas, tendo ele uma capacidade receptiva mais intensa e mais extensa que a comum. O terceiro й o da tentativa de desvendar os mistérios da criação de uma obra e dos efeitos dessa obra sobre os leitores. A tarefa da Estilística literária й examinar como й constituída a obra literária e considerar o prazer estético que ela provoca no leitor. ESTILÍSTICA FUNCIONAL E ESTRUCTURAL A Estilística se diz funcional, quando relacionada às funções da linguagem, e se desenvolve, em grande parte baseada nos estudos de Roman Jakobson. Rejeitando os termos Estilística e estilo, Jakobson os substitui por Poética e Função Poética, respectivamente. O objeto da Poética й esclarecer o que й que faz a mensagem verbal uma obra de arte; a distinção do que й artístico do que não й artístico. 8
Стр.8
A função resultante do pendor para o emissor й a emotiva (ou expressiva), cuja realização mais pura й a interjeição. A função ligada ao canal й a fática, que diz respeito ao contato entre emissor e receptor. A função poética, que vem a ser o pendor para a própria mensagem, correspondendo а sua elaboração como um fim em si mesma, pode sobrepor-se às demais funções, ou ainda estar presente no texto sem ser a de maior proeminência. Aproximando a teoria de Jakobson da de Bally, podemos dizer que, enquanto para este a Estilística se concentra na função emotiva da linguagem em relação com a função intelectiva (referencial), para Jakobson a Estilística, ou Poética, se concentra na relação da Função Poética com as demais funções. Para explicar a realização da função poética, Jakobson entra na estruturação da frase e do texto (Estilística Estrutural), lembrando os dois modos fundamentais do comportamento verbal; a seleção (eixo paradigmático) e a combinação (eixo sintagmático). Jakobson mostra que o efeito poético repousa sobre uma combinação das duas estruturas: a análise da mensagem não deve dispensar a análise do sistema, o código. Riffaterre considera a Estilística um estudo exclusivo da mensagem, negando a pertinência estilística do sistema. O estilo й forma resultante da forma da mensagem e repousa sobre uma dupla série de procedimentos: uns decorrentes de uma convergência, e outros decorrentes dum contrastes de signos. Samuel Levin, aplicando o princípio da função poética de Jakobson, procura descrever as estruturas linguísticas que distinguem a linguagem da poesia da linguagem comum. 9
Стр.9
ESTILÍSTICA E RETÓRICA A Estilística despontou nas primeiras décadas deste século como uma disciplina de intenção mais ou menos científica, sem o objetivo prático de ministrar conselhos ou normas a quem fala ou escreve. A Retórica, que se ocupou da linguagem para fins persuasivos e artísticos. A acentuada valorização da palavra, do discurso, que impregna as falas dos heróis homéricos nos faz crer numa retórica assistemática. A Retórica й primariamente uma técnica de argumentação, mais do que de ornamentação. Ao tratar do estilo, afirma ser a clareza, que se alcança pelo emprego dos termos próprios. O orador deve adequar o estilo rasteiro como o empolado. Salienta também a importância do epítero e do diminutivo, aconselhando, contudo, a moderação no uso de um e outro. Muito pertinentes são também as considerações sobre o ritmo, o qual concorre para que o discurso ganhe majestade e realize a sua função de comover. Na Poética, Aristóteles trata da conceituação de poesia como imitação da realidade (mimese), dos gêneros poéticos (tragédia e epopéia, sobretudo) e da elocução poética, mencionando aspectos comuns a oratória, como clareza. O estudo da elocução chegará a sobrepor-se ao das demais partes da Retórica (invenção, disposição, ação e memória). Com a profunda mudança de idéias que se dá a partir do século XVIII (Romantismo), com a valorização do individual e repúdio de normas estabelecidas e da imitação como princípio artístico, a Retórica cai em desprestígio, passa até a ser ridicularizada. Por volta dos anos sessenta, pode-se presenciar um movimento de revalorização da Retórica, uma nova avaliação da sua contribuição ao estudo dos fatos da linguagem. 10
Стр.10

Облако ключевых слов *


* - вычисляется автоматически
Антиплагиат система на базе ИИ